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Público rejubilou com o Estoril Classics 2023






O derradeiro dia da sétima edição do Estoril Classics foi, uma vez mais, um sucesso estrondoso com largos milhares de adeptos a seguirem as corridas compostas por um impressionante espólio de máquinas que marcaram a história do desporto motorizado.


O Autódromo do Estoril voltou a ser banhado pelo Sol, atingindo temperaturas que convidavam uma ida à praia, no entanto, os fãs mantiveram-se estoicamente na pista de Cascais, cobrindo a bancada A e enchendo o paddock, onde poderiam ver de perto motos e automóveis que escreveram páginas inesquecíveis do mundo das quatro e duas rodas.


O ponto alto da festa foi o Classic GP e todo o autódromo se engalanou para a prova dos Fórmula 1, com as bancadas abertas repletas de público para poder ver os bólides da categoria máxima, estando entre eles alguns Campeões do Mundo, como é o caso do Lotus 72 e do Williams FW08.


Mais uma vez, as expectativas não saíram defraudadas, tendo a prova de vinte e cinco minutos sido emocionante e disputada a um ritmo infernal.





Katsu Kubota, no seu Lotus 72, foi o mais rápido a sair da grelha de partida e ascendeu ao comando, por troca com Soheil Ayari, que alinhara na pole-position com o seu Ligier JS11 depois do seu triunfo de ontem. No entanto, ainda durante a primeira volta, o japonês teve de se vergar perante a superioridade da combinação gaulesa que voltou a imprimir um andamento infernal debaixo de uma canícula intensa.


Sem que os seus adversários o conseguissem acompanhar, o vencedor do Grande Prémio de Macau de 1997 conquistou o triunfo no Classic GP com uma exibição impressionante que empolgou a bancada A, completamente cheia.



Atrás de Ayari, assistiu-se uma batalha sem quartel entre Katsu Kubota, em Lotus, Martin O’Connell e Mark Hazell, tendo o piloto do Brabham BT37 sido o primeiro a suplantar o nipónico, que acabaria por ficar fora de contenção por ter realizado falsa partida, o que lhe valeu um ‘Drive Through’ como penalização.


O’Connell, no segundo posto, e Hazell passaram então a ser o foco de atenção da mole humana do Autódromo do Estoril com uma luta acirrada entre os dois. O piloto do Williams FW08 acabaria por suplantar o seu colega de equipa já com a bandeira de xadrez à vista, mas O’Connell, em Brabham BT37, cruzaria a linha de meta em terceiro, vencendo a classe A.





O público rendido à exibição a que acabara de assistir recebeu os homens do pódio com aplausos, tendo esta sido uma forma entusiasmante de concluir o Classic GP e de celebrar os vencedores.



AS OUTRAS CORRIDAS


A jornada começou com a 2.0L Cup, dedicada apenas aos Porsche 911 2.0 SWB, sendo, de certa forma, uma ascendente da conhecida Porsche Supercup que acompanha os Grandes Prémios de Fórmula 1.


Evgeny Kireev/Ramzan Orusbaev foram os mais fortes, tendo a companhia de Guy Ziser/Oli Webb e Seb Perez/Philip Kadoorie na subida ao pódio.



O programa prosseguiu com os impressionantes protótipos e GT do final do século passado, início deste, Endurance Racing Legends, sendo os carros mais recentes do programa.


Depois de ontem ter terminado no segundo posto, hoje o sofisticado MG EX264 (LMP2) pilotado por Mike Newton levou a melhor perante o imponente Maserati MC12 de Evgeny Kireev/Ramzan Orusbaev, que já tinham subido ao degrau mais alto do pódio da primeira prova do dia. No terceiro posto ficou o Aston Martin DBR9 de Richard Meins.




A Classic Endurance Racing 2 foi a categoria que se seguiu do cardápio do Estoril Classics, levando até ao público protótipos e GT dos anos 1970s e 1980s.


O esbelto Lola T286 de Maxime Guenat foi o vencedor, impondo-se ao espectacular TOJ SC304 de Yves Scemama, com o lesto Chevron B26 de John Emberson/Nigel Greensall a completar o palanque dos vencedores.


A quarta corrida do programa, a segunda do evento do The Greatest Trophy, foi uma das mais emotivas da jornada para o muito público que já compunha a bancada A, uma vez que pôde ouvir ‘A Portuguesa’ graças ao triunfo de Tiago Raposo Magalhães e Hipólito Pires, em Porsche 904/6 Carrera GTS. O duo português foi acompanhado na subida ao pódio por Guillermo Fierro, em Maserati T61 Birdcage, e por Peter Vögele, num Porsche 904 Carrera GTS.


Depois do Classic GP foram os Turismos que assumiram o palco, com a Heritage Touring Cup, onde se viveu um duelo entre a BMW e a Ford.


A marca bávara impôs-se perante a sua rival de Detroit, com dois 3.0 CSL – conhecidos como ‘Batmobile’ – ficando nas duas primeiras posições, o mais rápido dividido por Sebastian Glaser/Michael Kammermann e o segundo por Franz Wunderlich/Patrick Simon.


Um Ford, ainda assim, conseguiu um lugar no pódio com o Capri RS 3100 Cologne de Yves Scemama no degrau mais baixo.


Já com o Sol a cair no horizonte, disputou-se a prova do Classic Endurance Racing 1, dedicada às máquinas que disputavam as provas de resistência dos anos 1960 e 1970, onde pontificavam alguns modelos que passaram por Le Mans.


Os Chevron B19 estiveram em plano de destaque, ocupando as duas primeiras posições, com Rolf Sigrist a superar o duo François Rivaz / Alexander Furiani. O Lola T212 de Serge Kriknoff viu a bandeira de xadrez no terceiro posto.


O Estoril Classics terminou em grande estilo com o Iberian Historic Endurance, tendo Bruno Santos (Porsche 911 3.0 RS) fechado o programa com um triunfo debaixo dos últimos raios de Sol.




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